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Estudando para concurso ou no serviço público, mães tentam conciliar jornadas

Publicado em 08 de maio de 2022 às 14h26m
Por Professor Isaquel Silva
EP Aprova

Mães servidoras públicas. Mães que sonham com o serviço público. Mães novatas. Mâes experientes. Mães, de diversas características, mas com um objetivo em comum: proporcionar aos seus filhos qualidade de vida, sem deixar o protagonismo das suas carreiras de lado.

São esses os sentimentos das mamães que estão no serviço públicou ou lutam para ingressar nele. Neste 8 de maio de 2022, Dia das Mães, Folha Dirigida traz histórias de algumas delas, que, diariamente, se dividem entre o sonho da carreira pública e a maternidade.

Uma das mamães que conseguem tornar real esses sonhos é a policial federal, Rayssa Formiga, 33 anos.

Passar na PF revolucionou a sua vida, mas nada que se compare à maternidade. Mãe do Gabriel, de 2 anos, e da Ana Carolina, de apenas quatro meses, a escrivã e instrutora de tiro da Academia Nacional de Polícia viu toda a sua rotina passar a girar em torno das crianças depois do seu nascimento.

“Depois que os filhos nascem, eles são a nossa prioridade”, afirma a policial. “A gente organiza a rotina deles e na janela de tempo que sobra vai organizando as nossas coisas.”

O dia com as crianças da servidora pública de Brasília, Distrito Federal, começa às 5h50 da manhã e vai até 20h30, quando elas vão para a cama.

Esse intervalo é ocupado por atividades como a introdução alimentar do mais velho, amamentação, trocas de fralda e outras funções com os filhos, além das suas próprias obrigações. 

“Antes de voltar ao trabalho (presencial), eu chorei muito”, conta Rayssa, que ainda tem mais dois meses de sua segunda licença à maternidade antes do retorno.

As duas crianças nasceram durante o período de pandemia, de forma que ela trabalhou por apenas dois meses presencialmente antes de ter a caçula. Na verdade, o seu sonho mesmo é que toda mulher pudesse se dedicar exclusivamente a estar com os filhos nos primeiros anos de vida deles.

“É muito louca essa conexão que você tem com o filho, ele é muito dependente, principalmente nessa primeira infância”, afirma.

“Sair de casa e deixá-lo, seja em uma escolinha, seja com uma funcionária, é muito difícil, é um exercício de entrega que você tem que fazer. Porque uma mãe nunca vai achar que alguém cuide tão bem quanto ela cuida do filho.”

Mas não são só as mães que já estão no serviço público que precisam pensar milimetricamente em cada detalhe da rotina para conciliar todas as atividades que precisam dar conta.

Esse é o caso da autônoma Ana Paula Meirelles, mãe de um menino de 5 anos e de uma menina de dois meses.

Trabalhando em home office com mercado financeiro, a carioca de 25 anos já teve que lidar com diversos tipos de trabalho junto com os estudos: vendendo quentinhas, fazendo bronzeamento, como auxiliar de creche, entre outras atividades remuneradas.

Se o dia a dia já é complicado e o único tempo que sobra para os estudos é quando as crianças estão ocupadas, tudo fica ainda mais difícil quando os planos não correm conforme o planejado. 

“Acho que a maior dificuldade é a imprevisibilidade, pois as crianças adoecem, a escola tem recessos, às vezes eles ficam acordados até tarde....”, explica.

“A solução para essas dificuldades, julgo eu, é respirar fundo, ter paciência e dar a devida atenção a eles, pois embora o concurso público seja minha meta, nós mães não podemos negligenciar os cuidados e atenções necessárias a eles.”

Ana Paula com os filhos Nicolas, de 5 anos, e Helena, de 2 anos (Foto: Arquivo Pessoal)

Ana Paula com os filhos Nicolas, de 5 anos, e Helena, de 2 anos (Foto: Arquivo Pessoal)

Obstáculos rumo à aprovação

A falta de tempo e de um recurso financeiro que possibilite alguma atividade externa para as crianças, ou até mesmo alguém para ajudá-la na criação dos filhos, são alguns dos principais obstáculos de Ana Paula.

Assim como ela, a nutricionista sergipana Marcela Aquino, de 28 anos, tem um problema parecido. Ainda que não esteja trabalhando no momento, ela e o marido são os únicos responsáveis pelo bebê de quatro meses, o que pesa muito na sua rotina, que conta ainda com os afazeres domésticos.

“Para conciliar os estudos com as atividades da minha rotina que são cuidar da casa e do bebê, tento manter um horário fixo do dia para a preparação, geralmente à noite, quando o bebê está dormindo”, explica a mãe de Aracaju sobre sua rotina de estudos.

Assim como Marcela, Ana Paula também só consegue dar atenção à sua preparação para concursos nos momentos em que as necessidades dos filhos estão supridas.

“Meus estudos são adaptados com a minha realidade”, afirma. “Estudo nos tempos vagos. Quando as crianças dormem, quando as crianças vão para a escola, quando estão quietinhos assistindo TV – que são raros os momentos, diga-se de passagem. Quando não estão ocupados, então não posso estudar, e é aí que dou atenção a eles.”

“As mães que estão estudando precisam ter uma rede de apoio”, acrescenta Rayssa. “Quando os filhos estão bem você consegue ficar até melhor. Se as necessidades estão supridas você consegue ficar melhor aquela uma, duas horas estudando", completa.

Para a policial, o fato de tanto ela quanto o marido estarem no serviço público é uma vantagem já que, mesmo quando ela voltar a trabalhar presencialmente, um dos dois sempre poderá estar em casa com as crianças devido à forma como conseguem organizar o seu horário de trabalho.

“A gente está sempre abrindo mão de alguma coisa em prol da nossa família. Nossos filhos são o ponto de partida”, conclui.

Desafios, sonhos e responsabilidades. Tudo isso cerca o universo das mamães concurseiras que, diariamente, lutam para serem as melhores. Elas, porém, não querem apenas a melhor colocação na lista final de um concurso concorrido. Querem o primeiro lugar no coração dos seus filhos.

Fonte: Folha Dirigida. 

EP Aprova

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