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ENEM 2018: CONFIRA PLANEJAMENTO PARA 55 DIAS DE REVISÃO

Publicado em 10 de setembro de 2018 às 12h44m
Por Professor Isaquel Silva
EP Aprova
Prepare aí a sua agenda e não vá se perder. Estamos a menos de dois meses — 55 dias, para ser mais exato — da aplicação da maior prova do Brasil. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será aplicado em 4 e 11 de novembro. O conteúdo cobrado começa em fins do ensino fundamental e vai até o ensino médio como um todo. É muito trabalho para pouco tempo. Portanto, não dá para “abraçar o mundo inteiro” das ciências da natureza, humanas, linguagens e matemática — as quatro grandes frentes cobradas no exame, além de redação. Mas, para quem não se perdeu no tempo e está em dia com as exigências das provas, é hora de passar a limpo o que sabe e direcionar o conhecimento para o que vale a pena. Organização e autoavaliação são fundamentais nesta hora.
 
Organize seu plano de plano de estudos!
 
 
 

 

 

 

 

*Com base em tabela fornecida pelo Eduardo Valladares, coordenador pedagógico do curso Descomplica.  

 

 

 
“Normalmente, sentimos grande ansiedade por parte dos alunos. É bastante natural e até esperada. A organização é fator decisivo para atenuar esse sentimento. O estudante que esteja em dia no cumprimento de sua agenda, sobretudo de revisão de conteúdos, está mais pronto para o exame”, afirma Eli Guimarães, professor de português e coordenador do Centro Educacional Sigma. 
 
“Procuro me dedicar sempre na mesma proporção para cada matéria”, afirma Laura Bruno Cardoso, 17 anos. Visando uma vaga em medicina, a jovem procura evitar se prender somente às exatas, tão caras a quem busca esse curso superior, e dar uma aquela olhadinha também nas ciências humanas, linguagens e escrita. “Quando tenho dificuldades em redação, procuro orientação na monitoria.
Demoro muito para escrever a redação e, na preparação atual, procuro aprender a estruturar o texto melhor e mais rápido.”
 

Plano equilibrado

 

 

 

(foto: Marília Lima/Esp. CB/D.A Press )
(foto: Marília Lima/Esp. CB/D.A Press )

 

 

 

Coordenadora do cursinho Objetivo, Denise de Oliveira conta que o acompanhamento dos profissionais docentes é fundamental nessa hora. No início do ano, os candidatos são orientados na organização de planos semestrais que, ao longo do tempo, vão sendo adaptados até semanalmente, conforme as necessidades e defasagens dos alunos. 
 
“Nossa orientação é para isso: planejar a rotina deles. Eles tendem a estudar sempre aquelas disciplinas nas quais se sentem mais confortáveis. A dificuldade maior é não conseguir englobar tudo o que precisa estudar.”
 
A estudante Mayara Magalhães Rodrigues, 18 anos, não dispensa a correção da rota, sempre que preciso. Ela recebe do curso Exatas, onde estuda, uma orientação educacional semanalmente. Por meio dela, a preparação da jovem — que soma mais de 10 horas diárias junto aos livros — não perdem o foco, nem o equilíbrio. “A maior parte do meu tempo é dedicada à minha grande dificuldade, que é a disciplina de matemática, mas sem excluir o que tenho mais prazer em estudar”, conta, referindo-se à sua paixão pelas ciências humanas.
 
O cronograma deve ser intenso, mas não abusivo, acredita Eduardo Valladares, coordenador pedagógico do curso Descomplica. “Recomendo que o aluno crie um plano que leve em consideração um planejamento denso, específico e direto ao ponto. A sugestão é que ele estude, em média, 2h30 cada disciplina por dia. E, no somatório, cinco horas de duas matérias para cada dia”, opina. 
 

Dosar conteúdos

 

 

 

(foto: Marília Lima/Esp. CB/D.A Press )
(foto: Marília Lima/Esp. CB/D.A Press )

 

 

Saber dosar os conteúdos é o caminho, garante Eli Guimarães. Para ele, a organização prévia do estudante deve incluir matérias recentes com outras aprendidas há mais tempo. Além disso, é preciso manter a paridade das disciplinas estudadas. Não vale pensar somente nas preferências pessoais, nem deixar-se levar pela superdosagem de estudos. “Minha recomendação é que o candidato estude uma matéria por dia ou, no máximo, duas. E que elas venham sempre em pares”, diz. Desse modo, a dica dele é, numa mesma tarde, estudar física e química, que têm semelhanças de conteúdo, método e aplicação. O mesmo vale para geografia e história, que constam na prova de ciências humanas, e assim por diante. 
 
Eduardo Valladares, coordenador pedagógico do curso Descomplica, prefere, ao contrário, que o candidato diversifique as disciplinas num mesmo período. E acrescenta: “É importante organizar o cronograma mesclando disciplinas de naturezas distintas, como biologia e história. Para entrar na realidade da prova, o aluno deve estudar 20 questões diárias de cada matéria.”  “Tenho mais dificuldade em matemática. Após o cursinho à tarde e específica duas vezes por semana, tento estudar em casa à noite”, conta Guilherme Alves, 18.
 
A exceção, explica Eli Guimarães, fica para matemática, disciplina que, sozinha, ocupa 45 questões do exame. “Recomendo que matemática seja trabalhada separadamente. É uma prova muito extensa e é natural que, para essa matéria, seja necessário um tempo maior de aprendizado e o isolamento em relação às demais disciplinas.”
 

Revisar é preciso

 

 

 

(foto: Marília Lima/Esp. CB/D.A Press )
(foto: Marília Lima/Esp. CB/D.A Press )

 

 

Diretor de ensino e inovações educacionais do Sistema Ari de Sá (SAS), Ademar Celedônio acredita que o momento não é de temas novos, mas de revisar e fixar o que foi apreendido até aqui. “Não é hora de assimilar temas novos. Se você tem parâmetro geral de seu desempenho, talvez deva focar nos conteúdos que sabe melhor.” Mais que isso, depende do estudante fazer o “diagnóstico” de si mesmo, notando em que nível ele está em cada disciplina. “Quando se fala em revisão, é preciso, antes de tudo, que ele saiba onde costuma ir mal e onde vai bem”, acrescenta Jéssika Anastácio, supervisora de avaliações do SAS. “Faltando 3 meses, intensifiquei minha rotina”, conta Laura Cardoso,17.
 
Trabalhar na direção errada é tão ruim quanto não trabalhar, garantem os especialistas. “A prova de matemática é baseada atualmente em conceitos do ensino fundamental. Assuntos como escala, razão, proporção e aritmética detêm algo em torno de 60 por cento da prova. Se o candidato manter o foco em trigonometria, que pertence mais ao ensino médio, pode ter dificuldades de foco no que é importante”, exemplifica. “Esses conteúdos do ensino fundamental são muito mais próximos ao cotidiano, o que converge para o formato do Enem.”
Eduardo Valladares indica a revisão em três vias: fazer as provas antigas do Enem, entender a resolução das questões e estudar de forma aprofundada os cinco principais temas de cada disciplina. 
 
“Feito isso, elaborar fichamentos e mapas mentais também ajuda bastante. As disciplinas exigem diferentes estratégias de estudos. Resumos funcionam muito bem na área de humanas, mas em física e biologia costumam ser usados esquemas ou fichas”, exemplifica. 
 

Descansar também é essencial

 

 

 

(foto: Marília Lima/Esp. CB/D.A Press )
(foto: Marília Lima/Esp. CB/D.A Press )

 

 

 

Adriana Xavier Marques, 25, trabalha à noite como técnica de enfermagem e, durante o dia, equilibra-se entre cursinho presencial e outro online. Para se dar bem no Enem, o planejamento dela foi pensado de segunda a sábado, mas, na prática, é aplicado de “segunda a segunda”, confessa ela. “Me dedico cerca de oito horas por dia a isso e ainda tenho o trabalho, que inclui longos plantões aqui e ali.”
Não é o formato ideal, é claro. “Sobrecarregado, os alunos não rendem. Não é possível. Chegando perto do exame, a ansiedade cresce ainda mais, parece que não vão conseguir tudo o que precisam, mas trabalhamos para que não chegue a esse ponto”, diz Denise de Oliveira. “De um modo geral, o aluno não é grandemente produtivo após três horas de atividade”, avalia Eli Guimarães. “Rotina é qualidade e não quantidade”, sintetiza Guilherme Borges, 18.
 
Sendo assim, é importante intercalar estudo e descanso, otimizando o primeiro e redirecionando o segundo para temas correlatos ao exame. “Pegar um bom cinema ou conferir uma exposição bacana é fundamental. Defendo sempre que atividades como essas também são modos de aprender”, diz Guimarães. De um bom livro a uma peça de teatro, tudo pode contribuir para o conteúdo estudado em sala e, mais que isso, para capacidade de interpretação e expressão. “Tudo é texto. Os alunos que chegam à excelência têm sempre um diferencial cultural.”
 
DO Correio Braziliense.

EP Aprova

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